24 de out. de 2011

PARTIDOS ALIADOS NO GOVERNO DILMA SE ENFRENTAM EM GRAVATAÍ

Não às eleições indiretas! Eleições Gerais, Já!

No dia 15, sábado, ocorreu a sessão na Câmara de vereadores de Gravataí que cassou o mandato da prefeita Rita Sanco e do vice Cristiano, ambos do PT.


O motivo alegado para as cassações foram as dívidas com a CEEE e CORSAN, que após serem renegociadas saltaram de 9 milhões para 120 milhões a serem pagos em 300 parcelas, além da nomeação de um ex-sócio da filha da prefeita para a procuradoria do município.


O PSTU defende o não pagamento dessas dívidas, pois é um absurdo que empresas públicas(CEEE e CORSAN) e um banco público (Banrisul) pratiquem a mais pura agiotagem com o dinheiro dos gravataienses, ao multiplicarem 14 vezes o valor da dívida.


Também defendemos que todas as denúncias devam ser apuradas e os responsáveis devam ir para a cadeia e terem seus bens confiscados.


No entanto, o que está colocado na câmara municipal é uma disputa pelo controle do aparato da prefeitura a revelia dos interesses da população e dos trabalhadores de Gravataí. É a antecipação do processo eleitoral de 2012.


O objetivo deste processo é promover a candidatura para prefeito do atual deputado estadual Marco Alba, o mesmo que no corrupto governo de Yeda, que desmontou os serviços públicos e desviou milhões de reais, era secretário e árduo defensor. Quem foi da turma da Yeda e é do partido de Sarney, Renan Calheiros, Padilha não defende os interesses da população.


Marco Alba possuí uma lista enorme de atitudes contra o povo e agora quer posar de bom moço, é a raposa velha com pele de cordeiro.


A RAPOZA NO GALINHEIRO
Mas quem são os algozes do PT?


A turma que cassou o mandato da prefeita tem suas credenciais. Não há escândalo neste país que não se veja políticos do PMDB, do DEM, do PTB, do PP, do PV ou do PSB envolvidos. Estes partidos todos nós conhecemos e sabemos que não possuem moral alguma para serem os defensores da moralidade pública.


Basta lembrar que estes vereadores são os mesmos que pretendiam aumentar em 100% os seus salários e só não aumentaram porque foram impedidos judicialmente.


Por fim, será que eles votariam pela cassação se a prefeita distribuísse mais cargos entre os vereadores?


DO PT DAS LUTAS PARA O PT DA COLABORAÇÃO DE CLASSES
O PT que hoje reclama ter sido vítima de um golpe é o mesmo que deu as costas para os trabalhadores e governou durante 15 anos a cidade a serviço da burguesia e de interesses próprios.


A SOGIL não tem nada a reclamar do PT, lucrou como nunca nestes 15 anos a custa dos usuários do péssimo transporte público, a GM agradece as benfeitorias e as isenções dadas pela prefeitura, obras que a prefeitura fez para a GM e nas vilas não são feitas. A prefeitura que é a quarta em arrecadação no estado não tem nenhum hospital público.


Mas, além de governar para os ricos o PT governa com os ricos. No governo Dilma, o PMDB ocupa a vice-presidência e vários ministérios, o PP, o PSB, o PTB também estão no governo, aliás, o PSB e o PTB estão também no governo Tarso.


O escândalo do mensalão mostrou que o PT se adaptara ao velho estilo toma lá, dá cá, de negociatas e corrupção.


O PT de hoje não é mais a expressão da luta e das reivindicações do povo. É o partido da ordem e da política de gabinetes.



POR UM GOVERNO DOS TRABALHADORES
O PSTU defende que os trabalhadores é quem devem decidir sobre os rumos da prefeitura, não somos a favor do Impeachment, mas afirmamos que o principal responsável por isso é o próprio PT.


Somos a favor que os governos sejam depostos pela ação direta das massas, e por isso apoiamos o Fora Collor, o Fora FHC e o Fora Yeda, para citar alguns exemplos, mas o que se passa na câmara de vereadores é a mera antecipação das eleições de 2012, sem nenhuma preocupação com os anseios e as necessidades dos trabalhadores.


Não é democrático que 14 vereadores elejam o novo ou a nova prefeita da cidade, defendemos que seja convocada uma nova eleição. Que a população decida, eleições, já!


Os atuais vereadores já demonstraram que o que os move são os interesses próprios, como aumento de salário, verbas da prefeitura e benefícios para os amigos. Essa camara não tem legitimidade para eleger ou cassar ninguém, nem moral para permanecer como vereadores.


O PSTU defende que a prefeitura deva assumir um programa a serviço dos trabalhadores e com os trabalhadores, através dos conselhos populares.



- NÃO Á ELEIÇÃO INDIRETA PARA A PREFEITURA - ELEIÇÕES GERAIS PARA PREFEITURA E CAMARA DE VEREADORES!

- NÃO PAGAMENTO DAS DÍVIDAS COM CEEE E CORSAN!

- PRISÃO E CONFISCO DOS BENS DE TODOS OS CORRUPTOS E CORRUPTORES!

- MAIS VERBAS PARA SAÚDE, EDUCAÇÃO E HABITAÇÃO!

- FIM DO MONOPÓLIO DA SOGIL – POR UM TRANSPORTE PÚBLICO MUNICIPAL!

- FIM DAS ISENÇÕES PARA AS GRANDES EMPRESAS!

- CRECHES PARA TODAS AS CRIANÇAS!

- PELA REABERTURA DA ESCOLA SANTA RITA!


4 de out. de 2011

Érico Correa: 'Nossa estratégia política é comum: a revolução socialista'

Giovanni Mangia de Porto Alegre (RS)
• Érico Correa, 51, é uma das principais lideranças do movimento sindical e popular no Rio Grande do Sul e do coletivo Construção Socialista (CS). Ele atua no Sindicato dos Servidores da Caixa Estadual do Rio Grande do Sul (Sindicaixa) e na CSP-Conlutas.

Na sexta-feira, 30 de setembro, em um grande ato em Porto Alegre, ele se filiou ao PSTU, no qual também foi lançada a sua pré-candidatura a prefeitura. O ato reuniu cerca de 200 pessoas, no auditório do CPERS, com a presença ainda de Valério Arcary e Cyro Garcia. Na ocasião, também foi lançado um chamado ao PSOL, para a construção de uma frente de esquerda, com um perfil classista, socialista e sem financiamento de empresas ou aliança com partidos burgueses. Nesta entrevista, ele conta as razões que levaram ele e seu coletivo a romperem com o PSOL, o avanço das relações políticas e da atuação com o PSTU, e o significado da pré-candidatura.

Como foi a tua experiência com o PSOL?

Érico Correa - Em 2003, quando amplos setores do movimento social, especialmente dos servidores públicos, romperam por conta da reforma da Previdência de Lula em 2003, teve início, no Brasil um Movimento por um Novo Partido, que unisse a esquerda socialista. Pois bem, desta iniciativa resultou o partido político que hoje aí está. Conforme a pressão eleitoral sobre seus dirigentes e quadros aumenta, mais o PSOL caminhou para a adaptação à democracia burguesa e foi cometendo equívocos, como a busca pelo PV, o dinheiro da Gerdau, Marina Silva, o voto em Paulo Paim e muitos outros exemplos.

Assim, não restou outra alternativa aos lutadores coerentes senão romper com este partido. Não estava na nossa estratégia política construir um "novo PT".

Quando e como iniciou a aproximação política com o PSTU?

Érico - Na verdade, sempre estivemos próximos do PSTU, não só na luta sindical mas, principalmente na questão programática. Nossa estratégia política é comum: a revolução socialista. Esta aproximação também se acelerou com a construção da Conlutas e sua consolidação como uma central. No Conclat atuamos em equipe e também aqui no Rio Grande do Sul a relação entre as organizações se qualificou, superando diferenças táticas. Esta aproximação avançou com nossa saída do PSOL.

Qual o papel, na atual conjuntura, da tua pré-candidatura a prefeito de Porto Alegre?

Érico - É uma pré-candidatura construída a partir de um programa socialista. Devemos disputar o espaço político à esquerda deixado pelo PT e que o PSOL também não tem ocupado. Nesta tarefa denunciaremos o sistema capitalista, que explora e submete o povo. Questões fundamentais, as necessidades básicas dos trabalhadores, devem ser discutidas dialogando sempre com o nosso programa. A saúde pública, o transporte coletivo, a segregação social por conta da Copa, entre outras questões deverão ser debatidas com a população.

Qual sua opinião sobre o atual cenário eleitoral? Por que é necessária a unidade da oposição de esquerda ao PT?

Érico - Cada vez mais o sistema eleitoral apodrece, ampliando o espaço para a "pilantragem" e também cresce o descrédito do povo com os políticos. Esta eleição de Porto Alegre vai simplesmente repetir a velha fórmula e todos se apresentarão como "os melhores gerentes ", tentando conquistar a confiança da burguesia. Para isso não importam os compromissos que assumirão e nem de onde sairão os recursos para financiar suas campanhas. De nosso lado ocorre o oposto e assim esta candidatura deve estar a serviço de unir a oposição de esquerda para fortalecer a luta dos trabalhadores.

Essa unidade, entre Construção Socialista (CS) e o PSTU, também está a serviço de uma alternativa revolucionária para os trabalhadores, para a juventude...

Érico - Sem nenhuma dúvida. Este é um grande passo e por isso devemos ter todos os cuidados necessários na consolidação desta alternativa. Será fundamental construí-la a partir da base de nossas organizações, qualificando nossa ação cotidiana e obviamente fazendo aquilo em que acreditamos e sabemos fazer: a ação direta nas lutas, apoiando greves e mobilizações, enfim, atuando firmemente na luta de classes, ombro a ombro com os trabalhadores e trabalhadoras.

SAIBA MAIS

O grupo Construção Socialista (CS) reúne militantes que fizeram parte do Alternativa Socialista (RS) e do Coletivo Marxista Revolucionário Paulo Romão (RJ). Após conferência conjunta, em abril, romperam com o PSOL e lançaram carta pública, assinada por 37 militantes, a maior parte educadores. Na carta, criticam os acordos de cúpula, falta do trabalho de base e “táticas desastrosas” do PSOL, como a relação com o PV e as doações de empresas. O grupo afirma não aceitar mais que militantes se eduquem em um partido que “resume a questão do poder a eleger parlamentares e disputar por dentro da democracia burguesa”. Também criticaram a falta de uma política do PSOL para construir uma entidade sindical e tentativas de enfraquecer a CSP-Conlutas.




Valério Arcary no congresso da UFRGS polemizando com o democracia real já!