8 de ago. de 2016

JULIO FLORES É O CANDIDATO DO PSTU NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE PORTO ALEGRE


Júlio Flores 

Na última sexta-feira (05/08) o PSTU oficializou a candidatura de Júlio Flores para a prefeitura de Porto Alegre nas eleições de 2016. Para Vice, foi indicado o nome da Servidora Pública Federal, Vera Rosane, militante do partido. Na ocasião, foram homologadas também as candidaturas proporcionais dos companheiros Afonso Martins (Rodoviário da Carris), Karina Barbosa (Trabalhadora dos Correios), Marco Vanzin (Servidor da Saúde), Margareth Rodriguez (Professora da Rede Estadual de Ensino), José Guilherme (Bancário) e Denior Machado (Servidor da Justiça Estadual).

O Partido optou pela candidatura própria neste pleito porque acredita que na atual crise econômica e política a classe trabalhadora necessita de um programa de luta e defesa dos seus direitos mais elementares, o que não pode ser feito sem romper com os interesses dos grandes empresários e seus partidos que dominam nossa cidade e nosso país. 

Queremos Porto Alegre para os trabalhadores. Para isso, é necessário enxergar a atual crise de baixo para cima e não o contrário, como ocorre com os grandes partidos e, atualmente, inclusive, com grande parte da esquerda brasileira. O que acontece entre os campos do governo do PT e da direita é parte dos podres poderes que o estado capitalista criou para manter sólidas suas estruturas. A briga entre eles é pelo poder e não pelos interesses dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre.

Dilma saiu, mas o impeachment significa trocar seis por meia dúzia. É necessário avançar com o Fora Temer! Fora Todos Eles! Eleições gerais, já!

Neste ano o governo Dilma caiu como consequência da ruptura da relação de confiança que parte da grande maioria dos trabalhadores e trabalhadoras, essencialmente o setor operário, tinha nos governos do PT. Isso tem um significado importante para o PSTU e para os trabalhadores. Representa o fim de uma ilusão em um modelo de avanços sociais sob o capitalismo, o que abre a possibilidade de uma nova consciência das massas mais exploradas e oprimidas: a da necessidade de combater os ataques que vêm sofrendo sistematicamente e de maneira continuada e aprofundada pelo governo Temer, mas que deve fazê-lo sem confiar em nenhum setor patronal. Os trabalhadores não querem mais no governo quem prometeu mundos e fundos e, terminada a campanha eleitoral, atacou seus empregos e seus direitos. Cremos que essa ruptura pode avançar em direção a um governo dos trabalhadores, apoiados por conselhos populares, e ao socialismo com democracia para a classe explorada. Mas, enquanto o PSTU buscou uma nova via independente para as lutas da nossa classe, defendendo Fora Todos e Eleições Gerais, uma parte da esquerda acreditou na narrativa do tal "golpe" agitado pelo PT, que nada mais foi do que uma saída política para tentar reunificar sua base. O PSOL foi um desses partidos que saiu em unidade pelo “Não ao golpe!” com um subliminar “Volta Dilma!” dentro da Frente Povo sem Medo. 

Por que candidatura própria?

Em Porto Alegre, tentamos que uma Frente de Esquerda que tivesse um perfil alternativo para os trabalhadores, em torno da candidatura de Luciana Genro. Porém, Luciana e sua corrente, o MES, não só se posicionaram a favor de amplas alianças em todo o país, como aqui na capital insistiram até o limite em uma frente com a REDE (que não se deu porque essa não quis) e concretizaram com o PPL, partido que mantém uma ligação orgânica com a burguesia em vários estados, sendo um braço do PMDB em muitos deles. O PSOL apresenta um programa limitado, que não rompe efetivamente com aqueles que atacam os trabalhadores, não defendem ruptura com o capitalismo e sim uma "Radicalização da Democracia". Seus passos, lamentavelmente, repetem os passos iniciais que levaram o PT a chegar onde chegou. Os trabalhadores não tem nada a ganhar com uma nova ilusão.

Para o PSTU, não há democracia para os trabalhadores por dentro deste sistema. Além do mais, não recebemos financiamento de empresas, sejam elas nacionais ou multinacionais, como o PSOL tem feito em outras campanhas eleitorais. Nossas candidaturas são financiadas pelos trabalhadores, militantes, amigos e simpatizantes do partido que acreditam no nosso programa. Defendemos nas eleições uma independência de classe, sem qualquer aliança com setores burgueses. Um programa para estas eleições deve partir das demandas mais sentidas da população, como moradia, saúde, educação, emprego, direitos, mas também deve incorporar consignas como o não pagamento da dívida interna e externa, a reestatização do que foi privatizado, a estatização dos bancos sob controle dos trabalhadores e das empresas que estão demitindo trabalhadores. A defesa de um programa com base nessas reivindicações responde às necessidades dos setores mais explorados e não se contrapõe a que o programa da candidatura incorpore também os temas mais relacionados à cidade, que tem a sua importância pelo fato de a eleição ser municipal. Por isso, o PSTU lança seus próprios candidatos nestas eleições, apresentando um programa que organize a nossa classe em prol de um governo socialista dos trabalhadores, apoiado por conselhos populares. 

16 de agosto - Dia Nacional de Mobilização

Nossa campanha está a serviço das lutas da classe trabalhadora e, portanto, iniciamos o processo eleitoral no dia 16 de agosto convocando os trabalhadores e trabalhadoras, por meio da CSP Conlutas e outras centrais sindicais, um Dia Nacional de Mobilizações em defesa do emprego e contra a retirada de direitos. 

Seguimos exigindo Fora Temer! Fora Todos Eles! Eleições Gerais Já! (Com novas regras e sem financiamentos de empresários ou empresas).

Direção Municipal PSTU/ Porto Alegre


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