Dúvidas Frequentes


- O PSTU vai se tornar um novo PT?

Essa é uma pergunta que muitos ativistas honestos nos fazem. O PSTU, porém, ao contrário do PT, sempre teve uma estratégia socialista clara, tal como uma definição clara de classe, priorizando o caminho das lutas e da ação direta. A maior parte do PSTU se originou de uma corrente do PT, a Convergência Socialista, expulsa em 1992 por defender o ‘Fora Collor’ quando a direção majoritária era contra as manifestações de rua pois isso poderia prejudicar as eleições. Em todos esses anos, muitos partidos, correntes e ativistas se adaptaram ao Estado e deixaram a luta. O PSTU, porém, conta com uma estratégia, um programa e uma prática que impedem que isso ocorra.

- O socialismo é uma utopia?

Uma ideia recorrente martelada com insistência é a de que o socialismo seria uma ideia ‘ultrapassada’ ou uma ‘utopia’. É um argumento que visa desmoralizar os lutadores socialistas. O socialismo, porém, não só é possível como necessário ante à barbárie capitalista. Experiências históricas como a Revolução Russa de 1917, mesmo que tenham sido posteriormente deturpadas, mostraram como é possível erradicar a miséria, o analfabetismo e universalizar serviços como a Saúde, ao se expropriar a burguesia e planificando a economia. Ao contrário do que afirma essa tese, quem já demonstrou seu fracasso foi o capitalismo, principalmente após a crise de 2008, a maior desde a de 1929.

- Por que o PSTU participa das eleições, se acha que elas não mudam nada?

Para nós, só a mobilização dos trabalhadores e a ação direta podem mudar a realidade. As eleições, porém, embora sejam um jogo de cartas marcadas para que nada mude, são uma oportunidade para que divulguemos nosso partido e nosso programa. A eleição de parlamentares socialistas, por sua vez, pode ser um importante ponto de apoio às lutas e de denúncia do próprio sistema capitalista.

- Quem financia o PSTU?

O PSTU não aceita dinheiro de empresas. Tantos nas eleições quanto em seu dia-a-dia, o partido se mantém através de recursos de seus próprios militantes, assim como de trabalhadores e estudantes que concordam conosco e nos apoiam.

- Vocês defendem uma ditadura?

O centro do programa histórico do movimento trostquista prevê a ‘Ditadura do Proletariado’. Muitos detratores do marxismo utilizam isso para atacar os socialistas, afirmando que queremos uma ‘ditadura’, tal como havia nos países latino-americanos das décadas de 1960/1970 ou como existe hoje em Cuba ou na China. Porém, para os marxistas, ‘ditadura’ é a dominação de uma classe sobre a outra. Desta forma, vivemos hoje uma ditadura burguesa, em que uma ínfima minoria da população exerce seu controle político, econômico e militar sobre a maioria. A Ditadura do Proletariado é o predomínio da classe trabalhadora, a imensa maioria da população, sobre a burguesia. Ou seja, seria uma democracia infinitamente mais democrática que a atual falsa ‘democracia’.

- Vocês querem que o Brasil se torne como Cuba ou a antiga URSS?

Para o PSTU, o que existe hoje em Cuba, China ou Coreia do Norte, e o que vigorou na antiga URSS, pelo menos do período do estalinismo até a queda do muro de Berlim, nada tem a ver com socialismo. Apesar de processos bastante distintos, foram países em que revoluções derrubaram os antigos estados e que culminaram na expropriação da burguesia. Apesar de significativos avanços sociais, essas revoluções, tendo à frente direções burocráticas, retrocederam e culminaram na restauração do capitalismo. Então, o que existe hoje em Cuba, China são ditaduras que administram o capitalismo nesses países.